Ser Cambojano


Como é bom recordar os bons velhos tempos!
Vale a pena recordarmos esses momentos
Que ficarão para sempre dentro de nós,
Significando que nunca estivemos sós.

Ser Cambojano é ter orgulho!
É saber fazer barulho
Pela noite dentro até ser dia
Com uma enorme energia!

Nas noites das passagens de ano,
Quem não se lembra de bater latas?
Gritando e cantando armados em piratas,
Empunhando paus à Cambojano?

O tempo passa, mas não apaga da memória
Todos os momentos passados à volta das fogueiras,
Com muitos convívios e brincadeiras
Que hoje fazem parte da nossa história.

Que saudades do velho baile do Águias do Aeroporto!
Às vezes até dava para o torto,
Mas era a nossa alegria
E a nossa grande romaria.

Ai o que me lembro de jogar ao berlinde e à palmadinha,
Sem nunca esquecer a carica e o espeta,
Jogava à porta da minha casa ou da vizinha,
Com o objectivo ser o primeiro a chegar à meta!

Foram tantas as vezes que joguei ao pião!
Muitos ganhei, mas também muitos perdi...
Que belos tempos que vivi
E que nunca mais virão.

Quem não se lembra da Cantina?
Que tinha um pouco tudo em cada esquina,
Desde o café, ao talho e à padaria,
Passando pela mercearia e a drogaria,

Sem esquecer a sapataria.

O princípio básico do que sei,
Foi na velhinha Escola 117 que aprendi,
Sem dúvida a melhor escola que conheci
E que eu nunca esquecerei!

José Mendes,
2011