A Tempestade

É noite, de repente
Começa uma tempestade.
Esta é diferente,
Mas é uma verdade.
 
Durante algum tempo troveja.
Eu não consigo dormir
E não há quem me proteja
Do que estou a sentir.
 
A chuva cai sem parar,
Sentindo-se e ouvindo-se trovoadas
Que mais parecem lambadas.
Eu não quero ali estar.
 
Aquele momento
Parece o fim.
Só penso em mim
E naquele sentimento.
 
Tudo me passa pela cabeça;
O passado, o presente e o futuro.
Não há nada que não me aconteça.
Porque é que tudo é tão duro?
 
A noite não pára e avança,
Começando a tempestade a diminuir.
Aos poucos começo a reagir,
Voltando a ter esperança.
 
O pior está a passar.
Depois de na janela reflectir,
Começo lentamente a recuperar
E a chuva a deixar de cair.
 
Pouco depois vou dormir.
Necessito recuperar,
Não vou fugir!
Apenas quero descansar...
 
Ao longo da vida
Haverão mais tempestades!
Compete a mim ter uma saída
Para todas as dificuldades.


José Mendes,
2010

5 comentários:

  1. sempre a supreender um gajo, está very nice!

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  2. Anónimo11.7.10

    Lindo mesmo.
    obrigado por partilhares...
    é sempre com muito prazer que leio os
    teus poemas, porque me levam facilmente
    a viver a sua mensagem
    um beijo
    Berta Oliveira

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  3. Anónimo17.9.10

    Mas que tempestade, muito lindo,de se lêr

    Nandinha onde foste desencantar tanta coisa linda.

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  4. Anónimo17.9.10

    Afinal não me estavas a enganar amiga é muito lindo mesmo.
    como tu mesma dizes huuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

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  5. Muito Bom!!! Forte e bonito. Bjs

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